Nascida no dia 24 de Dezembro
de 1925, foi uma baixinha brava, mas ao mesmo tempo uma pessoa maravilhosa, de
personalidade forte, cheia de valores, que gostava de viajar, que sabia dizer
não na hora certa e sim no momento oportuno.
Foi uma mulher bastante
religiosa, a senhora do terço das 18:00 horas. Foi realmente a matriarca da
família Siqueira, cuidando um pouco da educação dos netos, mas os (netos) mais
velhos foram bem mais privilegiados.
Foi uma mulher que só ao vê-la
transmitia respeito, honestidade e autoridade. Não era chata, antes que alguém
imagine isso, era sensata e sincera.
Foi uma mulher de costumes.
Sair de casa sem antes ir à sanitária, como ela dizia era impossível. Ao
terminar de se alimentar e agradecer da sua melhor maneira, então, era uma de
suas marcas: "Obrigada", "Obrigada de tatu só não como mais porque fartu", "Obrigada de cutia só não comi mais porque não pudia"
Enfim, foi uma mulher
guerreira. A professora das escolinhas de várzea, a mulher das mais curiosas
histórias de sítio, nas quais o meu avô era um dos personagens principais. Mãe
de sete filhos, sendo que um morreu ao nascer. Foi uma das grandes mulheres que
já conheci em minha vida.
Foram anos de muita
convivência e aprendizados inesquecíveis, até nos seus últimos dias de vida
aprendi com essa baixinha. Tudo ficou na memória e tudo será recordado durante
os meus próximos anos de vida, porque uma mulher assim não é todo dia que se tem
a honra de conhecer,nem de conviver. Essa mulher foi Helena Neves Pedroso,
minha vó.
Postado no dia 24/12/2011
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