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domingo, 7 de dezembro de 2014

Antes de tudo, respeite!


Os brancos, em sua maioria, são prepotentes. A cultura dos índios deve ser respeitada, assim como a de qualquer outro povo. Não é através da imposição de uma lei que se pode mudar o pensamento, as características e o modo de vida dos outros. Antes de pensar em interferir nos costumes dos indígenas, os políticos deveriam se preocupar com a população que está passando por inúmeros problemas sociais e econômicos. Se a Constituição permite, então não há motivos para “meter a colher” onde não é chamado.

O exemplo perfeito para isso é a construção de mais hidrelétricas na região do Tapajós. Nesse assunto que os representantes do povo brasileiro, ditos éticos e senhores do respeito ao bem comum da população, deveriam criar inúmeras e severas leis. Porque, acima disso tudo, existem famílias que podem ficar desalojadas, indígenas que podem ser afetados diretamente, além, é claro, do enorme impacto ambiental que prejudicará a população, sem sombra de dúvida, através dessa obra gigantesca e desnecessária.

Se os índios têm a cultura de sacrificar seus filhos quando acham que são desnecessários para continuarem vivos, é uma decisão que deve ser respeitada. Dizer que está errado e, a partir disso, tentar criar subterfúgios para impor determinado pensamento, é inaceitável. As culturas devem ser restritamente respeitadas, quando amparadas por lei logicamente, para que não haja interferências banais como a de certos políticos que se acham no direito de mudar o modo de vida de outros povos.


A lei, portanto, é uma ferramenta, nesse caso, completamente inviável. O diálogo, sim, é importante, como dito por um enfermeiro que cuida de uma das tribos que pratica esse tipo de ritual, pois, dessa forma, será respeitada a vontade daquele povo, sem impor ou punir os que quiserem desapegar-se dos filhos que não apresentam as condições físicas ou neurológicas compatíveis àquela sociedade. Se não for assim, então que comece logo a criar leis também que venham interferir na conduta e no modo de vida desses políticos que não nos representam. Aí eu quero ver...

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Círio: manifestação de fé, compaixão...ou de status?


Uma das principais celebrações religiosas do Brasil, mas que pode ser encarada também, por alguns ditos “fiéis”, como uma “ferramenta” para se promover socialmente. Ir ao Círio por ir e não honrar ou cumprir a linha de pensamento proposta é de uma hipocrisia imensurável. Caminhar com Maria, ou com a imagem que representa a mãe de Jesus Cristo, vai muito além da peregrinação que é feita da igreja de São Sebastião à Praça da Matriz.

O exemplo disso é o pré-Círio ou o pós-Círio. Durante esse tempo as pessoas tendem a ser egoístas umas com as outras, sentir raiva, inveja, ingratidão, ódio e todo e qualquer sentimento negativo que possa existir na face da Terra. Mas quando chega o Círio, parece que deixam suas “capas” em casa ou as colocam, como queira, e caminham serenamente durante algumas horas até a grande chegada à Praça da Matriz.

Feito isso, chega-se o momento da promoção ou de se autopromover, durante a peregrinação também ocorre, para mostrar que atrás de um sentimento ruim que se teve durante o ano todo e com todos ou com a maioria, existe ali uma pessoa fiel e que respeita e segue os princípios de uma vida regrada e fraterna com o próximo. Mentira! Porque na semana seguinte, até o dia da festividade de Nossa Senhora, tudo se transforma e os sentimentos ruins voltam à tona.


Toda e qualquer manifestação religiosa, portanto, deve ser seguida não apenas no dia que se homenageia determinado Deus, Deusa, Santa ou Santo. As atitudes de um cristão e de um não cristão também devem ser pautadas fundamentalmente no amor ao próximo. Independentemente de se ter religião ou não, o ser humano deve sempre valorizar o outro, da mesma forma que Jesus Cristo e Maria, em particular, valorizaram seus filhos e filhas. Para muitos o Círio é de fato um momento de celebrar e continuar vivo e agindo segundo os princípios bíblicos e de vida fraterna. Para outros, o Círio é apenas um relance de um “mundo” que acaba na Praça da Matriz.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Liberdade e não libertinagem


"Faça o que eu digo, mas não não faça o que eu faço." Se os pais não cumprem o que falam, orientar os filhos e confiar neles é mais viável do que ser um super falso-moralista. Dar a liberdade, mas, acima de tudo, mostrar o caminho a ser seguido é o que torna a relação pais e filhos justa e flexível. Autoritarismo é sinal de fraqueza. 

Os exemplos disso são os casos de jovens de menor idade que engravidam "sem querer"; que entram no mundo das drogas e bebidas por influência; e que se revoltam com a própria família. Se os pais não podem honrar o que pregam, não há por que acorrentar os meninos sob um regime totalmente autoritário. Prender demais não diz nada na criação dos filhos.

É por isso que não existe diálogo, compreensão e tampouco respeito. Libertar os filhos não é sinônimo de entregá-los ao mundo de "mãos beijadas", como muitos pais dizem. Pelo contrário. Significa dar a eles o caminho e orientá-los a não desviar o foco. Ou seja, garante, ao mesmo tempo para ambos, confiança e respeito.

Portanto, ser flexível e, principalmente, confiar nos filhos é o primeiro passo para o diálogo e a sinceridade entre as duas partes. Caso contrário, não haverá uma resposta positiva na relação. E como é de praxe, isso é visto na adolescência ou em outros casos na vida adulta, refletindo diretamente na criação dos filhos, mas de um jeito totalmente inverso da criação que tiveram. Liberdade, sim, significa confiança e poder.

Os sábios foram adormecidos pelo sistema



Os sábios ou os poucos deles foram adormecidos no automatismo do mundo globalizado. Hoje, ser crítico, filosofar...é loucura, falta do que fazer. O importante para a sociedade é ganhar dinheiro e ser “feliz”. Além desse comportamento social, outro fator que não pode deixar de ser citado é o poder do Estado, dos políticos, desse tipo de manipulação sobre a população mundial. Ter gênios ativos é perigo iminente às autoridades.

Isso é bem notado no próprio Brasil. Alunos cada dia mais desmotivados pela ausência de incentivos às inovações tecnológicas, estudos científicos, para qualificar e promover o conhecimento desses meninos e do país. Mas não. Preferem a mão de obra barata, profissionais pouco qualificados – técnicos – a investir em universitários, na educação de um modo geral, fazendo com que muitos desses garotos férteis intelectualmente saiam pela tangente e adormeçam nas suas próprias loucuras.

Além disso, a própria sociedade evoluiu de tal forma que o padrão de exigência para viver nela segue uma linha totalmente automática: estudar, ser rico e só assim ser “feliz”. Não importa a profissão, o que vale é seguir o modelo estabelecido. Ou seja, o mundo tornou-se robotizado e ao mesmo tempo retrógrado, sem críticos. A população mundial voltou ao tempo primitivo, grotesco. Gênios ou grandes pensadores só nos livros mesmo, porque os que estão vivos foram adormecidos e ocultados pelo sistema opressor e seletivo.

Sábios não sumiram e tampouco deixaram de ser produzidos. Por isso, faz-se necessário apoiá-los e, principalmente, manifestar junto a eles a indignação de um povo descontente com a forma que a sociedade é tratada cognitivamente. Quem tem sabedoria tem poder, mas no mundo atual ter apenas isso pode não ser o suficiente para se destacar. É preciso jogar junto com a “máquina”, caso contrário ser apenas esforçado já basta. Os Einstens da vida precisam acordar antes que outros Lulas, por exemplo,  despertem.



segunda-feira, 28 de abril de 2014

Carta à Presidente da República



Santarém, 28 de Abril de 2014

Presidente Dilma,
A copa do mundo despertará o ódio e a revolta contra o Governo. Embora a festa esteja começando, os convidados parecem estar bem animados e empolgados, o povo ficará enfurecido depois que as maquiagens começarem a se desfazer. A mídia faz uma excelente encenação, uma mega cobertura de fato; os políticos diplomáticos como sempre; e a maioria da população acreditando nos palhaços do grande circo que abrirá as portas em Junho.

Mas isso será fantástico até o grito de campeão.A África do Sul, país sede da copa do mundo de 2010, que até hoje paga dívidas por ter investido num projeto que favorece uma instituição rica e extremamente exploradora, sabe muito bem o que isso significa. Além disso, essa brincadeira que não é o futebol, faz com que famílias sejam desapropriadas – a indenização por isso não chega a 13 mil reais - para ceder área a estádios e outras construções ligadas à festa dos políticos de futebol de  2014.

Sem contar também dos 85% dos 30 bilhões investidos e que foram tirados do bolso do povo brasileiro através de impostos. Um valor exorbitante, desrespeitador e desonesto com as pessoas que reivindicam todo ano por melhores hospitais públicos, educação de qualidade e outros pedidos para melhorar a qualidade de vida da população brasileira. É um cenário brilhante, para as principais emissoras brasileiras e aliados do Governo, mas ao mesmo tempo de dar vergonha, de “rir para não chorar”.

Dessa forma, Presidente Dilma, fique preparada para a avalanche que cairá sobre seu "ombro" depois que tudo isso ficar claro na mente de cada cidadão “cego” e empolgado com a festa. Copa do mundo dura apenas alguns dias no mês, mas problemas sociais perduram e durarão por longos anos na sociedade brasileira. Enquanto as pessoas não tirarerem os óculos de grau e a maquiagem dos palhaços não derreter, pode relaxar e rir. Mas não se surpreenda quando todos despertarem e os mágicos começarem a suar.
                                                                    
                                                                 Atenciosamente.


segunda-feira, 24 de março de 2014

Nascidos para amar


Amizade entre homem e mulher é o primeiro passo para o beijo na boca. Se isso fosse uma calúnia, não haveria tanta dança de acasalamento entre passarinhos e lutas terríveis entre felinos para conquistar a parceira. Homem e mulher não nasceram para ser "carne e unha" do outro, a não ser que isso tenha um propósito maior ou mais interessante.

O contrário disso são pessoas com baixas quantidades de hormônios. O homem, por exemplo, é atraído por uma mulher com um único objetivo: "reproduzir". Se isso fosse mentira, a população brasileira - a pobre principalmente - não teria tanto descendente assim e a China não seria o povo mais numeroso do planeta Terra. Quem afirma que amizade entre sexo oposto existe é porque não teve ainda oportunidade de isso virar amor.

A natureza não está programada para fenômenos diferentes disso. Os seres vivos estão interligados e ligados a um ciclo virtuoso e primordial para a existência da vida na Terra: nascer, crescer, ser atraído por um sexo oposto, reproduzir, deixar descendentes e morrer. Amizade é apenas uma "mãozinha" que o amor criou para que o natural possa assumir o controle. Opiniões contrárias a esse fato só podem ser de "amigos" que ainda não se entregaram para o amor.

Portanto, amizade entre o sexo oposto é apenas um disfarce daquilo que um dia será chamado de paixão. Homem e mulher não nasceram diferentes à toa, tanto fisiológica como anatomicamente. Se houver algo que desobedeça a essa regra natural, o problema é na quantidade de hormônios. No mais, o sexo oposto atrai, mas não para se tornar amigo, e sim para amar.

Ser velho também é ser jovem


O idoso reflete aquilo que ele foi na juventude. Se o jovem de hoje é o velho de amanhã, por que se entregar a um modo de vida tão chata? O ancião não é obrigado a aceitar o descaso da “idade nobre” intitulada pelos ingratos. Envelhecer também é uma dádiva de poucos. Não há motivo para ter medo.

O exemplo disso são os velhos “engraçadinhos”. Eles aproveitam a vida como um garoto de 16 anos: bem danadinhos. A vida não terminou, então não tem porque evitá-la. Se a sociedade julga de um jeito preconceituoso, pouco importa isso. A velhice não pode ser menosprezada por uma mentalidade totalmente egoísta. Velho também é jovem, assim como existe jovem que também é velho. É tudo uma questão de atitude.

Quem chega a esse estágio na vida é porque tem força para suportar outras experiências, só que de um  jeitinho bem diferente: cabelos grisalhos, a pele enrugada e os passos curtos. Essa é a diferença do jovem para o idoso. O resto dependerá da aceitação da idade de cada ancião. Ter alguns anos a mais não influencia na riqueza do espírito. A velhice está na mentalidade de cada indivíduo, independente da casa decimal.


Passar dos 60, portanto, poucos conseguirão. Viver a partir dessa idade só os que se permitem encarar novos desafios. É necessário então suportar o que a vida oferece  da maneira mais aceitável possível ou do jeito que aceitar ser possível. Ser velho é importante, embora o julgamento desagradável, mas só envelhece e perde a vontade de viver quem quer. Sorrir, falar besteira, ...também são atitudes de velho. A mentalidade não envelhece, a não ser que se permita isso. 

domingo, 23 de março de 2014

Uma bola, o povo doente e vários "animais"


O Brasil pode até ser o país do futebol, mas não é só de bola que o povo vive. Ou é? Alguns bilhões investidos em estádios e os brasileiros continuam angustiados com o descaso dos governantes em relação à saúde e educação. Se a copa do mundo 2014 irá movimentar as regiões brasileiras no mês de Junho, o que esperar depois que o “circo” for desarmado?

Os problemas decorrentes disso estão nas próprias cidades-sedes da copa. Exemplos do caos em que vivem os municípios brasileiros são vistos das janelas de cada habitante. Só na vê quem não quer. Não adianta apenas vangloriar-se do título de “país do futebol” enquanto o resto da população mal consegue dar um chute nas doenças e um drible no português “mal dizido”. Isso é “bola murcha”!

Essa infraestrutura do Brasil é precária. Faltam escolas equipadas, professores com bons salários e bem capacitados; na saúde, os médicos precisam de suporte para melhor atender os enfermos, mas não podem usufruir disso também. O motivo ou a justificativa é a mesma em praticamente todo discurso: “falta verba”. E o que será que os políticos teriam a declarar dos 30 bilhões que estão sendo investidos num projeto de um mês?


O Brasil, portanto, virou um grande “circo”. Nele, os palhaços são os políticos, a plateia são os empresários e cooperativas e o povo...Se nesse “show” haverá piruetas, malabarismo, isso pouco importa de fato. O que é esperado mesmo são os “elefantes brancos” que ficarão após a apresentação dos palhaços e do cachê da plateia. Bem-vindo ao Brasil. Bem-vindo ao país do futebol.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A música virou um bom negócio


A música brasileira virou comércio. O que interessa não são as belas canções, mas sim o que o gosta e gera lucros. Entre Paralamas do Sucesso e Anita, a população grita pelo "PRE-PA-RA". A mídia divulga, faz a lavagem cerebral e os milhões de fãs espalham o "belo som" produzido por esses funkeiros da atualidade. Quem perde são os amantes do bom som e os compositores das belas letras.

O exemplo disso é o "fim de ano da globo", no qual prevalece o som do povão à melodia enriquecida por perfeitas composições do Skank. E para piorar o que já é grave, Roberto Carlos canta os grandes sucessos da funkeira Anita. A música realmente deixou de ser música há muito tempo. E a culpada desse problema é a mídia, que manipula os artistas e valoriza o que muita gente considera como música ou algo parecido com isso.

Se o "se joga,se joga..." do Naldo é melhor que as canções de Nando Reis, isso é apenas um detalhe midiático e de muito interesse financeiro. Mas que sirva de alerta: independente do sucesso do momento, quem sai perdendo não são os donos das famosas produtoras musicais, nem a mídia, que se beneficia com a explosão de sucesso desses "pseudo-músicos", quem perde é o povo, que se deixa ser influenciado pelo aculturamento da atual sociedade.

Anita, Catra..., portanto, fazem sucesso porque a crítica deixou de fazer parte do caráter do povo brasileiro. A população não quer mais saber de rimas bem elaboradas ou arranjos perfeitos. O que interessa é a batida perfeita, o ritmo animado e uma pitada de sexo nas letras das músicas. Foi-se o tempo que Cássia Eller tomava conta das noites dos jovens e Renato Russo inspirava outros milhões desses. Agora o "créu" substituiu tudo isso.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A vida (de) em um bairro


Os anos se passam e lá se vai mais uma geração. Quem é que não viveu isso que atire a primeira pedra? Principalmente em cidade pequena, como a de Santarém, gerações crescem juntas e morrem em tempos distintos, como se tudo fosse uma regra (e não deixa de ser, a regra natural da vida).

O bairro pode ser o seu, o meu, o dele...mas independente de qual seja as peças do jogo serão sempre as mesmas: avós, pais, filhos ou netos. Sem contar também dos lugares, os donos dos estabelecimentos, as lendas, histórias que marcam a fase, a geração ou o bairro da cidade: bares, padarias, açougues,igrejas, canto da dona fulana de tal, dona cicrana...

A ótica depende de quem está vivendo ou contando, mas mesmo assim sempre os mais velhos são os avós, depois os pais e em seguida os filhos. Até que chega o ponto que vovôs vão partindo, amigos de vovôs também.  Papais vão indo e amigos de papais também. A partir desse momento nascem novos filhos, e os pais viram avós e os filhos agora são os novos pais.

Assim vai caminhando o tempo, lugares vão ficando na lembrança, vizinhos também, a idade continua aumentando, a velhice surgindo e um novo ciclo começando. Não sei se o melhor é lembrar-se dos momentos maravilhosos vividos ao lado de tanta gente boa, ou ficar triste por saber que nada irá voltar, apenas ficará na lembrança até o último suspiro, para que novas gerações reconte a história do bairro com uma nova ótica e com novos protagonistas até o próximo suspiro novamente.

Sob uma ótica literalmente animal...











Fotos: Emanuel Siqueira
Local: Praia da Salvação e Lago do Juá/ Santarém-Pa