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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Outros tempos.


A chuva que não é de julho, agora veio nos visitar
E o sol de outros brasils ainda não veio para ficar
A lua cheia de tanta força não podemos mais confiar
O mundo vai mudando e ninguém entende o que há
Mas, se eu te falar das histórias dos vovôs, vocês irão acreditar?
Nem estudos eles tinham mas já diziam o que iríamos encontrar
É, meu povo, os tempos são outros, 
A natureza ficou ainda mais imprevisível
Quem mandou com ela "brincar".

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Lençol


Viver sem lençol é impossível. Não, isso não é exagero e sim necessidade. Ele, digo o lençol, é como uma roupa, se não tiver ninguém dorme. Tá bom, alguns dormem, sim, mas... com um lençol. Achas que estou mentindo? Experimente dormir sem ele esta noite e verás do que estou falando. É como sair na rua pelado, não que eu já tenha feito isso, mas deve ser bem perturbador e constrangedor, igual dormir sem lençol.

E, muitas das vezes, nem é preciso estar coberto por um lençol, apenas ter o lençol por perto. É, ele é mais do que um pano, o lençol é uma amiga, uma namorada, ou o que você imaginar para servir de companhia durante uma bela noite de sono, ou não. E, para piorar a ausência de um lençol, é saber que nem perto de você ele se encontra. É como estar com sede sem ter água na geladeira ou na torneira. É uma tremenda loucura. Nesse caso, insônia.


Realmente, o lençol é importante. Tão verdadeiro isso que até quando estamos dormindo na rede a rede vira lençol. Tudo vira lençol. Só não dá para ficar sem ele. E, mesmo que você fique sem o lençol, transforme algo em lençol, porque mesmo que isso pareça insignificante, aposto que você jamais dormirá sem lençol esta noite. 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Salve o Caribe Brasileiro!



O Caribe brasileiro pede socorro. Eleita a praia mais bonita do Brasil, segundo o jornal britânico The Guardian, Alter do Chão vive o lado obscuro da fama. Os principais jornais do país já não falam mais do título que o destacou mundialmente, o assunto agora é constrangedor e vergonhoso à população local e à administração pública de Santarém: a contaminação da água do rio por coliformes fecais.

Dessa forma, à la rio Tietê, Alter do Chão começou a mostrar os sintomas dos maus tratos e da falta de respeito e educação com a natureza do seu povo. Já não bastasse a ausência de bons modos, assim como na cidade de Santarém, os esgotos das residências do Caribe brasileiro não recebem o devido e obrigatório tratamento dos governantes imediatistas, porque gestor que se preze (estão incluídos os antecessores aqui) jamais deixaria de pensar em saneamento básico para sua cidade e arredores.

Por causa disso, mais uma vez, a ignorância fez suas vítimas. A praia reconhecida mundialmente por suas belezas, hoje padece no leito do rio doente. A população local já sente as consequências desse mal, com muitos deles sendo diagnosticado com hepatite A, doença transmitida por veiculação hídrica, ocasionando assim preocupação, receio e medo nos turistas e no próprio povo de Santarém (Alter) que usufruem da praia mais bonita do Brasil cotidianamente. 

Portanto, a única alternativa para resolver esse cenário entristecedor é fazendo o que já tinha que ser feito há décadas: saneamento básico, com tratamento de esgoto, medidas preventivas, leis severas e que funcionem de fato, educação, zelo e respeito com a natureza. Infelizmente, o ditado “antes tarde do que nunca” parece ser o lema para resolver essa poluição e contaminação altíssima nas águas de Alter do Chão, só dependendo agora da motivação dos governantes em realizar tal atitude. De qualquer maneira, “a esperança é a última que morre”, e assim, quem sabe, o Caribe finalmente recupere a boa fama. Só nos resta esperar e torcer...

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A Contradição...


Em uma cidade que tem um rio com aproximadamente 1150km de comprimento, atravessando a cidade de São Paulo de Leste a Oeste, ficar sem água é sinal de descuido e muita prepotência. Mais uma vez a preocupação de um dos Estados mais ricos do Brasil esteve relacionada com a industrialização, hidrelétricas e esqueceram o primordial para tudo na vida: o solvente universal chamado água. Desafiaram e não cuidaram da natureza, agora sentem as consequências disso.

Dessa forma, se hoje São Paulo passa por uma catastrófica seca, que afeta inúmeros municípios do Estado, a culpa, sem dúvida, é da administração que se planejou e planeja em curto prazo e desmerece ou se acha superior a quem não pode ser controlada por seres racionais de carne e osso: a natureza. Se os meios justificam literalmente esses fins, e se hoje essa frase está fazendo sentido na vida do povo paulista, é porque a inteligência de quem governa a cidade, o Estado, até mesmo de quem cuida dela cotidianamente, subestimou o poder de reação de quem só quer ser útil e não é bem cuidado: o rio.

Nessa crise que a população de São Paulo se encontra, o rio Tietê com certeza seria uma excelente via de escape para esse problema. Mas, até onde as águas do rio volumoso poderiam ser utilizadas para consumo das pessoas, as hidrelétricas impedem esse uso por suas particularidades. Sem rio limpo, com hidrelétricas, seca natural, logo a água tornou-se o bem mais valioso da cidade que valorizou, durante os últimos 95 anos de industrialização, os grandes prédios, as grandes obras, o dinheiro imediato e jogou na base de tudo (rio) o lixo de toda essa evolução que agora se intimida com a falta de uma simples gota de água.

Portanto, antes de qualquer tomada de decisão, é imprescindível conhecer e entender o valor das fontes naturais que interferem diretamente no funcionamento da vida no interior, na cidade, no Estado, no Brasil ou no mundo. Pensar de maneira imediatista, desmerecendo a natureza, além de ser um risco iminente à biodiversidade, que o ser humano está incluído também, é completamente desrespeitador com quem só nos oferece benefícios. Visar apenas o dinheiro e achar que o resto é resto, ou que o resto é inacabável, é a principal prova de que o ser humano é prepotente e burro quando o assunto é dinheiro. No entanto, se o “money” acabar o mundo ainda vive. Mas se a água, por exemplo, acabar o dinheiro jamais existirá nas mãos de quem tanto o quer.