Foi Quarta-feira, dia 22 de dezembro, de 2008. Lembro-me como se fosse
ontem. Acabara de sair do colegial, muita empolgação, adrenalina e muito
papo de jovem tarado.
O final de semana, como era de se esperar, era aguardado por todos. Mas
só que para nós tinha um gostinho especial, era diferente: primeira vez saindo
só e a primeira vez que iríamos amanhecer com tantas mulheres, mas de um jeito
diferente.
Acabara a festa, um de nossos amigos sugeriu algo: '' Vamos todos lá
para minha casa. A festa é liberada, meus pais saíram hoje, tudo é por minha
conta''. Sem hesitar, todos aceitaram a proposta feita por ele.
Ao chegar a casa, eu, o mais novo e o mais entusiasmado com o momento,
resolvi tirar proveito da situação e fui logo pegando a minha namoradinha para
o meu canto. Dançamos, bebemos, puxamos um ''baseado'' bem louco e fomos para
um dos quartos da casa.
Chegando lá, com toda aquela vibração, com todo aquele ''fogo'', com
toda aquela adrenalina, com muito beijo na boca, camisa voando, cueca
saindo...alguém bate na porta. Não dando muita moral para quem batia, gritei:
`` Pode entrar, porque hoje a festa é nossa''. Quando terminei de falar, a
porta se abriu aos poucos e duas vozes simultaneamente ecoaram: `` O que é isso
aqui no meu quarto? Aqui não é a casa da mãe Joana...'' ``A casa caiu.'' Os
pais do meu amigo chegaram, e para completar o quarto era deles.
Nesse momento, o efeito de toda e qualquer droga que havia usado
desapareceu instantaneamente. Meu corpo amoleceu por completo e o meu mundo
acabou naquele instante.
Postado no 07/04/2011
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