Uma das principais
celebrações religiosas do Brasil, mas que pode ser encarada também, por alguns
ditos “fiéis”, como uma “ferramenta” para se promover socialmente. Ir ao Círio
por ir e não honrar ou cumprir a linha de pensamento proposta é de uma hipocrisia
imensurável. Caminhar com Maria, ou com a imagem que representa a mãe de Jesus
Cristo, vai muito além da peregrinação que é feita da igreja de São Sebastião à
Praça da Matriz.
O exemplo disso é o
pré-Círio ou o pós-Círio. Durante esse tempo as pessoas tendem a ser egoístas
umas com as outras, sentir raiva, inveja, ingratidão, ódio e todo e qualquer
sentimento negativo que possa existir na face da Terra. Mas quando chega o
Círio, parece que deixam suas “capas” em casa ou as colocam, como queira, e
caminham serenamente durante algumas horas até a grande chegada à Praça da
Matriz.
Feito isso, chega-se o
momento da promoção ou de se autopromover, durante a peregrinação também ocorre,
para mostrar que atrás de um sentimento ruim que se teve durante o ano todo e
com todos ou com a maioria, existe ali uma pessoa fiel e que respeita e segue os
princípios de uma vida regrada e fraterna com o próximo. Mentira! Porque na
semana seguinte, até o dia da festividade de Nossa Senhora, tudo se transforma
e os sentimentos ruins voltam à tona.
Toda e qualquer manifestação
religiosa, portanto, deve ser seguida não apenas no dia que se homenageia
determinado Deus, Deusa, Santa ou Santo. As atitudes de um cristão e de um não
cristão também devem ser pautadas fundamentalmente no amor ao próximo.
Independentemente de se ter religião ou não, o ser humano deve sempre valorizar
o outro, da mesma forma que Jesus Cristo e Maria, em particular, valorizaram
seus filhos e filhas. Para muitos o Círio é de fato um momento de celebrar e
continuar vivo e agindo segundo os princípios bíblicos e de vida fraterna. Para
outros, o Círio é apenas um relance de um “mundo” que acaba na Praça da Matriz.
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