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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Círio: manifestação de fé, compaixão...ou de status?


Uma das principais celebrações religiosas do Brasil, mas que pode ser encarada também, por alguns ditos “fiéis”, como uma “ferramenta” para se promover socialmente. Ir ao Círio por ir e não honrar ou cumprir a linha de pensamento proposta é de uma hipocrisia imensurável. Caminhar com Maria, ou com a imagem que representa a mãe de Jesus Cristo, vai muito além da peregrinação que é feita da igreja de São Sebastião à Praça da Matriz.

O exemplo disso é o pré-Círio ou o pós-Círio. Durante esse tempo as pessoas tendem a ser egoístas umas com as outras, sentir raiva, inveja, ingratidão, ódio e todo e qualquer sentimento negativo que possa existir na face da Terra. Mas quando chega o Círio, parece que deixam suas “capas” em casa ou as colocam, como queira, e caminham serenamente durante algumas horas até a grande chegada à Praça da Matriz.

Feito isso, chega-se o momento da promoção ou de se autopromover, durante a peregrinação também ocorre, para mostrar que atrás de um sentimento ruim que se teve durante o ano todo e com todos ou com a maioria, existe ali uma pessoa fiel e que respeita e segue os princípios de uma vida regrada e fraterna com o próximo. Mentira! Porque na semana seguinte, até o dia da festividade de Nossa Senhora, tudo se transforma e os sentimentos ruins voltam à tona.


Toda e qualquer manifestação religiosa, portanto, deve ser seguida não apenas no dia que se homenageia determinado Deus, Deusa, Santa ou Santo. As atitudes de um cristão e de um não cristão também devem ser pautadas fundamentalmente no amor ao próximo. Independentemente de se ter religião ou não, o ser humano deve sempre valorizar o outro, da mesma forma que Jesus Cristo e Maria, em particular, valorizaram seus filhos e filhas. Para muitos o Círio é de fato um momento de celebrar e continuar vivo e agindo segundo os princípios bíblicos e de vida fraterna. Para outros, o Círio é apenas um relance de um “mundo” que acaba na Praça da Matriz.

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