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sexta-feira, 31 de maio de 2013

O fim do mundo em minutos...


O dia não lembro. O ano nem se fala. Mas tudo começou totalmente fora do normal, como se alguém tivesse mexido na máquina do tempo (futuro e passado atuando simultaneamente com o presente).

No centro da cidade via carros supersônicos ao estilo dos filmes de ficção. Era incrível. O meu, no entanto, apesar da potência veio a ficar com o pneu furado na tarde movimentada daquele dia e naquela avenida – av. Rui Barbosa. Só me restou voltar para casa a pé.

Ao chegar a minha residência (que era a casa da minha vó Helena), tudo ainda estava como antes. Perfeito! Minha vó caminhando pelo corredor como era de costume, o meu avô enxergando tudo e minha família com o “time” completo.

Agora subo para o andar mais alto. E lá de cima vejo os convidados de meu tio se deslumbrando do cenário, da natureza que se via lá dos altos. E algo que me intrigava era que desse andar se podia, em questões de passos, parar na frente do rio, mais precisamente em cima do trapiche da orla. Lembrando: a casa da minha vó ficava na av. São Sebastião. Algo estranho acontecia.

Desci, então, para o trapiche com o intuito de tirar foto da paisagem que se formava, e ao chegar lá me encontrei com uma ex-namorada de meu primo que tinha o mesmo objetivo. Mas a partir desse momento o cenário virava do avesso. O que estava bom começava a piorar. Algo assustador estava por vir.

As ondas dos rios começaram a ficar mais fortes, o pôr do sol que era o alvo das lentes fotográficas se puseram numa velocidade nunca vista. E o navio, que também fazia parte da paisagem, girou em sentido oceano e partiu. Partiu e intensificou as ondas que acabaram tomando conta do trapiche por completo. Só nos restava voltar para casa imediatamente.

Ao chegar lá, o dia ficou noite em segundos, e do andar da casa de minha vó o cenário já não era o mesmo, nem as pessoas. Do alto, eu e mais três primos presenciávamos um desastre. A partir daquele momento as ondas “engoliam” praticamente toda a cidade. O rio vinha colocando tudo para debaixo d’água. Estava vendo centenas de pessoas morrendo e meu último desejo naquele momento era de dizer “eu te amo” para minha namorada antes de morrer, mas  esse desejo estava morrendo também. Tentei ligar, mas o celular já nem sinal dava, e a única coisa que me passou na cabeça era de que não ia mais poder vê-la, e dessa vez para todo sempre. O desespero batia, as ondas a cada minuto mais perto, já não tinha mais o que fazer, não tinha mais a quem pedir, a morte já vinha ao meu encontro a poucos metros, a era na Terra estava acabando....Mas, de repente, num abrir de olhos o sol invade as brechas da janela de meu quarto e me desperta de um pesadelo exatamente no dia 31 de Maio de 2013.



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