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terça-feira, 5 de julho de 2016

“Todo menino (a) é um rei...”

               
A vergonha de peidar é tão constrangedora quanto o próprio cocô. Mas sempre há suas vantagens quando o assunto tem um cheirinho do almoço adubado de feijão com uma rodela de tomate. Não é verdade? Os especialistas no assunto sabem muito bem o poder dessa combinação. Até mesmo os que preferem outros pratos. É tão comum e ao mesmo tempo vergonhoso, principalmente ao ser humano, porque aos outros animais isso é tão simples, como a própria bazuca anal das pombas que ficam sobrevoando com seu cu “amirando” em nossas cabeças, como diz na música dos mamonas assassinas, que cagar chega ainda ser um grande tabu a ser quebrado pela sociedade moderna. É, essa mesma sociedade que nega um peido e um cocozinho diariamente.

Mas, mal eles sabem ou devem saber, sim, dos benefícios que essa “brincadeira” oferece aos seus praticantes. Sim, dá um cago não significa apenas jogar fora o que não presta. Pelo contrário. Por de trás de uma bunda suja e de um vaso cagado, existe sempre uma reflexão filosófica e científica desse ato tão nobre e ao mesmo tão fedido. Como, por exemplo, o de entender o porquê de cagarmos. Ou então, por que defecar se nosso estômago e intestino digerem e absorvem quase tudo que comemos? Mas são nessas interrogações que estão inseridas as respostas que levam ao cocô. Sim, defecamos porque merda não se come. Até se fala, mas não se deve comer.

Por outro lado, as reflexões durante o poder efêmero de um elegante rei após suas refeições diárias, sempre bate aquela solidão de um filósofo ilhado num singelo vaso de porcelana, ou então num buraco feito no chão. E nesse momento de tristeza e alivio que culminam numa cagada mais harmoniosa, surgem as ideias, das mais brilhantes às mais horrendas, todas influenciadas pela forma que seu cocô consegue escapar da “boca de velha”. E nesse instante de exílio ou fuga de todos os tormentos que acontecem fora dali, cagar não é mais visto como algo vergonhoso ou exclusivo de pessoas que cagam. Ao contrário. Sentar no trono chega a ser a mais pura realização para pessoas autoritárias, já que toda ordem vai de cima para baixo.


Portanto, cague! Não se sinta pressionado por pessoas que também cagam. Melhor você no trono feito um rei, entendendo a ciência, a fisiologia do seu organismo, compreendendo as razões que fizeram você chegar ali, do que não cagar e se sentir incomodado por alguém que só quer fazer você feliz e realizado: o cocô. Se isso ainda não foi suficiente para lhe convencer da importância que esse ato tem sobre sua vida, experimente depois dessa leitura ou após umas das refeições diárias, dar um cago. É simples: feche a porta, levante a tampa, se tiver, abaixe as calças e seja feliz. Melhor você cagando do que você triste por não ter cagado. Lembre-se que cagar não é inútil. Inútil pode ser seu dia se você não cagar. 

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