Em uma cidade que tem um rio com
aproximadamente 1150km de comprimento, atravessando a cidade de São Paulo de
Leste a Oeste, ficar sem água é sinal de descuido e muita prepotência. Mais uma
vez a preocupação de um dos Estados mais ricos do Brasil esteve relacionada com
a industrialização, hidrelétricas e esqueceram o primordial para tudo na vida:
o solvente universal chamado água. Desafiaram e não cuidaram da natureza, agora
sentem as consequências disso.
Dessa forma, se hoje São Paulo
passa por uma catastrófica seca, que afeta inúmeros municípios do Estado, a
culpa, sem dúvida, é da administração que se planejou e planeja em curto prazo
e desmerece ou se acha superior a quem não pode ser controlada por seres
racionais de carne e osso: a natureza. Se os meios justificam literalmente
esses fins, e se hoje essa frase está fazendo sentido na vida do povo paulista,
é porque a inteligência de quem governa a cidade, o Estado, até mesmo de quem
cuida dela cotidianamente, subestimou o poder de reação de quem só quer ser
útil e não é bem cuidado: o rio.
Nessa crise que a população de
São Paulo se encontra, o rio Tietê com certeza seria uma excelente via de
escape para esse problema. Mas, até onde as águas do rio volumoso poderiam ser
utilizadas para consumo das pessoas, as hidrelétricas impedem esse uso por suas
particularidades. Sem rio limpo, com hidrelétricas, seca natural, logo a água
tornou-se o bem mais valioso da cidade que valorizou, durante os últimos 95
anos de industrialização, os grandes prédios, as grandes obras, o dinheiro
imediato e jogou na base de tudo (rio) o lixo de toda essa evolução que agora se
intimida com a falta de uma simples gota de água.
Portanto, antes de qualquer
tomada de decisão, é imprescindível conhecer e entender o valor das fontes
naturais que interferem diretamente no funcionamento da vida no interior, na cidade,
no Estado, no Brasil ou no mundo. Pensar de maneira imediatista, desmerecendo a
natureza, além de ser um risco iminente à biodiversidade, que o ser humano está
incluído também, é completamente desrespeitador com quem só nos oferece
benefícios. Visar apenas o dinheiro e achar que o resto é resto, ou que o resto
é inacabável, é a principal prova de que o ser humano é prepotente e burro
quando o assunto é dinheiro. No entanto, se o “money” acabar o mundo ainda
vive. Mas se a água, por exemplo, acabar o dinheiro jamais existirá nas mãos de
quem tanto o quer.
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