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domingo, 8 de fevereiro de 2015

A Contradição...


Em uma cidade que tem um rio com aproximadamente 1150km de comprimento, atravessando a cidade de São Paulo de Leste a Oeste, ficar sem água é sinal de descuido e muita prepotência. Mais uma vez a preocupação de um dos Estados mais ricos do Brasil esteve relacionada com a industrialização, hidrelétricas e esqueceram o primordial para tudo na vida: o solvente universal chamado água. Desafiaram e não cuidaram da natureza, agora sentem as consequências disso.

Dessa forma, se hoje São Paulo passa por uma catastrófica seca, que afeta inúmeros municípios do Estado, a culpa, sem dúvida, é da administração que se planejou e planeja em curto prazo e desmerece ou se acha superior a quem não pode ser controlada por seres racionais de carne e osso: a natureza. Se os meios justificam literalmente esses fins, e se hoje essa frase está fazendo sentido na vida do povo paulista, é porque a inteligência de quem governa a cidade, o Estado, até mesmo de quem cuida dela cotidianamente, subestimou o poder de reação de quem só quer ser útil e não é bem cuidado: o rio.

Nessa crise que a população de São Paulo se encontra, o rio Tietê com certeza seria uma excelente via de escape para esse problema. Mas, até onde as águas do rio volumoso poderiam ser utilizadas para consumo das pessoas, as hidrelétricas impedem esse uso por suas particularidades. Sem rio limpo, com hidrelétricas, seca natural, logo a água tornou-se o bem mais valioso da cidade que valorizou, durante os últimos 95 anos de industrialização, os grandes prédios, as grandes obras, o dinheiro imediato e jogou na base de tudo (rio) o lixo de toda essa evolução que agora se intimida com a falta de uma simples gota de água.

Portanto, antes de qualquer tomada de decisão, é imprescindível conhecer e entender o valor das fontes naturais que interferem diretamente no funcionamento da vida no interior, na cidade, no Estado, no Brasil ou no mundo. Pensar de maneira imediatista, desmerecendo a natureza, além de ser um risco iminente à biodiversidade, que o ser humano está incluído também, é completamente desrespeitador com quem só nos oferece benefícios. Visar apenas o dinheiro e achar que o resto é resto, ou que o resto é inacabável, é a principal prova de que o ser humano é prepotente e burro quando o assunto é dinheiro. No entanto, se o “money” acabar o mundo ainda vive. Mas se a água, por exemplo, acabar o dinheiro jamais existirá nas mãos de quem tanto o quer.




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