Os saberes tradicionais são a
fonte do conhecimento científico. A Ciência precisa ser humilde e aceitar que a
natureza é o remédio do mundo. Há a necessidade também de valorizar tais conhecimentos,
a floresta, a natureza, pois é daí que vêm os grandes saberes. Ninguém quer
fundir conhecimentos, apenas que haja uma compreensão, respeito maior do
científico com o tradicional. Só é acreditar e os efeitos colaterais serão ínfimos
ou nem existir.
Vários remédios já foram
produzidos provenientes dos saberes tradicionais, mas mesmo assim ainda é uma
porcentagem mínima em relação ao grande acervo de conhecimento que as
populações tradicionais detêm. E quando esses conhecimentos são aceitos pela cúpula
da ciência, quando eles são estudados com maior profundidade e comprovam tal
utilidade quando usados pelos povos tradicionais, mesmo assim não há um retorno
de tal comprovação, consideração pelo conhecimento e pela descoberta e
contribuição para a sociedade detentora do saber. Acaba que quem se vangloria é
o científico.
E é isso que não pode existir.
Jamais. Deve-se haver um “feedback” entre ambos os conhecimentos,
principalmente do científico ao tradicional. Isso existindo, quem ganha, sem
dúvida alguma, é a sociedade como um todo. As relações entre esses
conhecimentos devem ser melhores, pois assim a garantia de se ter descobertas
incríveis na Ciência aumentará consideravelmente. Chega de remédios artificiais,
com efeitos colaterais altíssimos e, às vezes, a andiroba é quem cura. O ideal
é somar conhecimentos, valorizar conhecimentos e proteger conhecimentos.
O saber tradicional, portanto, dever
ser extremamente utilizado e estudado com mais profundidade – não quer dizer
que ninguém estuda tal conhecimento – para ser útil a todos que dele precisar. É
melhor tomar andiroba para sarar uma infecção na garganta por bactéria do que
passar sete dias no antibiótico e ganhando novos problemas por conta dos
efeitos colaterais. E mesmo sabendo cientificamente que a andiroba detém desses
poderes, pouquíssimos são os médicos que prescrevem tal remédio. Cuide e
respeite a natureza, pois ela é um baú cheio de saberes valiosos à humanidade.
Não menospreze quem garante sua sobrevivência. Diga não aos efeitos colaterais.
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